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Figurino de “O Lago dos Cisnes”

Moda e arte são dois universos indissociáveis. Além disso, ambos são repletos de características em comum, que aguçam nosso imaginário e estimulam a criatividade. Talvez seja exatamente por isso que são tão fascinantes, né?

Moda e arte são dois universos indissociáveis. Além disso, ambos são repletos de características em comum, que aguçam nosso imaginário e estimulam a criatividade. Talvez seja exatamente por isso que são tão fascinantes, né?

Quando falamos em figurinos, essa relação fica ainda mais evidente. Já parou para pensar como as roupas tem um papel fundamental no cinema ou em espetáculos de teatro e dança? Ali a moda complementa um enredo, cria um personagem e conta uma história. Ela também desenvolve estilos e define épocas.

E como vocês sabem, em setembro a Cia. Brasileira de Ballet (CBB) esteve em Belo Horizonte (fizemos um sorteio de convites aqui), para apresentar o espetáculo “O Lago dos Cisnes”, no Sesc Palladium. Aproveitamos a rápida visita da trupe para conferir, de perto, a riqueza do figurino.

Quem nos recebeu no backstage do teatro foi Jorge Teixeira, diretor do espetáculo, que contou a importância de desenvolver um figurino específico para a dança, para não limitar movimentos, valorizá-los e contribuir para a beleza de uma apresentação. Para isso, é importante contar com uma figurinista especializada, que esteja em constante contato com o coreógrafo. E quem assina o figurino de “O Lago dos Cisnes” é a baiana, radicada no Rio de Janeiro, Tânia Agra.

Cristais e rendas deixam o vestido da noiva ainda mais fabuloso. Mangas trabalhadas remetem à época medieval

“A figurinista precisa realizar o que está na cabeça do coreógrafo, por isso a importância de desenvolver um trabalho em conjunto”, explica Jorge. E segundo o diretor, Tânia conseguiu este feitio nas roupas do espetáculo e trouxe a tona peças com uma costura perfeita, produções que permitiram aos bailarinos uma grande liberdade de movimentação.

Mas, o que mais impressiona neste figurino é a abundância de detalhes. Há quem pense que, já que a roupa estará no palco, distante dos olhos do público, os detalhes não são tão essenciais. No entanto, Tânia desmistifica isso e investe em ricos bordados e efeitos na mistura de tecidos.

Jorge Teixeira apresenta o figurino

Entre os materiais usados por Tânia, podemos destacar veludos e rendas guipir, que aparecem rebordadas e recortadas. “É um trabalho muito artesanal. As rendas são aplicadas à mão! Além disso, Tânia e sua equipe fazem uma combinação de cores especial e escolhem malhas que combinam com as blusas”, conta Jorge. As sapatilhas também são do mesmo tom das malhas e, para isso, são pintadas à mão.

Jorge ainda destaca que, para o desenvolvimento do figurino, é feito uma pesquisa de época, para que as roupas retratem o estilo e a indumentária usada em determinado período. “É por isso que usamos muito veludo em nossas roupas, já que este tecido luxuoso era muito utilizado na Europa medieval”, explica.

O figurino masculino também é rico em aplicações! Destaque para a roupa do bobo da corte, à direita.

E o figurino de “O Lago dos Cisnes” exige uma pesquisa ainda mais especial, já que, em um dos atos, é necessário usar roupas típicas, de época, que remetam à Rússia e Espanha. Cuidado com o figurino, criatividade e riqueza em detalhes não faltam, né?

Gostou? Então, fique ligado na agenda da Cia. Brasileira de Ballet. Se eles visitarem sua cidade, não deixe de conferir este emocionante espetáculo! E a outra dica, para quem está em Belo Horizonte, é ficar atento à programação do Sesc Palladium. Afinal, em novembro, nos dias 21 e 22, a CBB volta à Belo Horizonte, com uma nova apresentação e com um figurino igualmente surpreendente. Uma coisa é fato: a gente não quer perder!

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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