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Praga através dos cafés

Todo brasileiro – e especialmente, todo mineiro – tem uma paixão pelo café. A deliciosa bebida é parte integrante do dia a dia, e para muitos um hábito que transcende a alimentação e compõe um estilo de vida. Ir a uma cafeteria é uma forma deliciosa e eficiente de descobrir a cultura local e vivenciar uma experiência única, tanto que já listamos dez cafeterias obrigatórias de Belo Horizonte.  Por isso, não é surpresa que todo turista brasileiro – e especialmente o mineiro – costume incluir um café em suas viagens ao exterior.

Dentre tantos locais para onde se pode viajar e experienciar um bom café em um lugar de charme, há um pouco falado, mas extremamente interessante: Praga, a capital da República Tcheca.

Praga é uma cidade vibrante e, apesar de ter ‘apenas’ 1.200.000 habitantes, consegue oferecer uma agitada programação de eventos. Ao longo do ano, há diversos festivais espalhados pela cidade. O Festival Primavera de Praga é um acontecimento épico para os amantes da música clássica, com um mês de apresentações em diversos locais históricos. O circuito de tênis feminino, o WTA, tem um torneio regular na capital tcheca, o Prague Open, disputado em piso duro durante o verão europeu. Também o European Poker Tour, um dos mais prestigiados torneios de poker, tem uma etapa sediada na cidade das cem torres e, em 2022, o polonês Grzegorz Glowny foi o vencedor do evento principal. Praga é uma cidade onde a vida acontece. E, por isso mesmo, abriga diversos cafés.

A relação entre burburinho e cafés remonta ao século XIX. Na época, a cidade era parte do Império Austro-húngaro e importou o hábito vienense de discutir a vida em cafés. Eram nesses estabelecimentos que as figuras proeminentes se encontravam para discutir política, filosofia e artes, por exemplo.

Muitos desses cafés sobreviveram até aos dias de hoje (como aliás, a grande maioria dos edifícios históricos de Praga). Se você for para a República Tcheca em um futuro próximo, anote algumas sugestões para incluir no roteiro.

Café Louvre

O que você acha de sentar-se à mesma mesa que serviu Franz Kafka ou Albert Einstein? Pois isso pode acontecer se você for ao Café Louvre, na avenida Nacional. Aberto em 1902, ele foi um importante ponto de encontro do início do século XX, e funciona até hoje, servindo bebidas e pratos quentes. Destaque para as mesas de sinuca de época e para o armário de gravatas borboleta, onde os habitués deixavam uma reserva para visitas de última hora.

Café Obecni Dum

Um dos edifícios mais impressionantes de Praga é a Casa Municipal, no limite entre a Cidade Velha e a Nova. Este palacete em estilo Art Nouveau foi construído como centro de lazer para os cidadãos. Entre suas atrações está o Café Obecni Dum, ricamente decorado com temas florais e muito dourado, típicos da arquitetura do edifício.

Café Orient

Não muito longe dali, na chamada Casa da Virgem Negra, está o Café Orient. A sua originalidade está no fato de ser um café cubista, estilo arquitetônico raro, mas que em Praga está presente. Na verdade, todo o edifício é cubista, mas é no café que isso fica mais evidente, com móveis, lustres e objetos com linhas retas e ângulos acentuados – até mesmo em alguns dos muitos doces que servem como acompanhamento das bebidas.

Café Slavia

Localizado em frente ao Teatro Nacional, e ao lado do rio Moldava, era o café preferido de Vaclav Havel, o primeiro presidente tcheco pós-comunismo. Escritor e dramaturgo, Havel liderou o país em sua reconstrução e, posteriormente, na separação pacífica da vizinha Eslováquia. Hoje, ele dá nome ao aeroporto de Praga.

Café Imperial

Para fechar, uma pérola de Praga. O Café Imperial funciona no térreo do Hotel Imperial e é aberto ao público. Com sua decoração luxuosa, impregnada de tradição, já foi cenário de diversos filmes, como “O Ilusionista”. Uma experiência sublime, premiada como “Melhor restaurante tradicional do mundo” em 2021 pela Taste Atlas.

Todas as opções acima estão apenas na parte central de Praga. Há também cafés modernos nos bairros hipsters da cidade. Mas isso merece um novo artigo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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