Sabemos que a ansiedade é um problema que atrapalha a vida de muitas pessoas hoje em dia. Na maioria das vezes, o estresse causado por ela leva ao desenvolvimento do “comer emocional”, que é quando o indivíduo precisa descarregar seu sentimento em um ato e acaba comendo ao excesso. Se isso se torna frequente, a comida é vista como um “refúgio”, pois está ligada a sensação de prazer.
O problema se torna ainda maior quando o consumo de alimentos hipercalóricos, ricos em carboidratos simples (como o açúcar) ou gordura, passam a ser “fonte de alegria” para pessoas ansiosas. Conversamos com a nutricionista Priscila Stéphane, pós-graduada em nutrição e metabolismo pela USP, e ela nos contou um pouco mais sobre esse tema.
“O açúcar, além de trazer uma sensação de prazer, também proporciona uma sensação agradável ao paladar. Já a gordura torna os alimentos mais saborosos”, diz ela.
A nutricionista relatou a importância dos alimentos fonte de ômega 3 para ajudar na concentração e diminuição da ansiedade. Presente nos peixes e oleaginosas (nozes, castanhas, avelã e amêndoas), promove o funcionamento dos neurônios e desenvolvimento cognitivo.
Além disso, alimentos fonte de vitaminas do complexo B são capazes de ativar hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar como cereais integrais, oleaginosas e vegetais verde escuros. Alimentos ricos em magnésio, como chia, banana, iogurte natural, evitam a fadiga e tem ação antidepressiva.
Já os alimentos fonte de triptofano (que é responsável pela conversão em serotonina – neurotransmissor que regula sono, humor e memória) também são essenciais, como: quinoa, aveia, ovo, nozes, linhaça e cacau.
Listinha dos piores alimentos para ansiedade:
Gordura saturada: aumenta a inflamação e o cortisol (hormônio do estresse).
Cafeína: aumenta o hormônio cortisol e traz um efeito estimulante para o organismo.
Bebida alcoólica: geram sensação de euforia, aumentando a ansiedade.
Carboidratos refinados: proporcionam a elevação de insulina na corrente sanguínea gerando uma “rápida” sensação de prazer.
Alimentos ultra processados: estes alimentos são ricos em glutamato, monossódico responsável pela hiper excitação do paladar, tendo como consequência o consumo cada vez maior de alimentos que contenham essa substância, podendo acarretar em distúrbios neurológicos e transtornos alimentares.
E para quem já tem o costume de comer bem, mas ainda quer melhorar sua rotina para aliviar a ansiedade e o estresse, não é somente a alimentação que ajudará neste processo. Regular as horas de sono, por exemplo, é algo muito importante, já que sono acumulado aumenta o nível de cortisol e consequentemente o estresse. A prática de atividade física já é bem estabelecida em relação a saúde mental, concordam? Descarregar as emoções e o estresse acumulado é essencial!
E, claro, não podemos deixar de citar que o tratamento se dá através de ajuda psicológica e médica.
Quer saber mais? Entre em contato com a nutricionista Priscila Stéphane, no Instituto Interdisciplinar da Saúde do Obeso: (31) 3292-5929.
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