Nos últimos dias, o aumento de casos de coronavírus no mundo tem deixado turistas em alerta, principalmente quem tem viagem marcada para o exterior. Muitas companhias aéreas já suspenderam suas operações para vários destinos e estão permitindo que viajantes com passagem para aeroportos italianos (onde a situação é mais grave) remarquem seus voos gratuitamente.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu informe diário sobre o coronavírus (Covid-19), reforçou nesta segunda-feira, 16/03, a necessidade de isolamento urgente para evitar a propagação do Sars-Cov-2. Afinal, os números são assustadores: 6.507 pessoas já morreram. No Brasil, já são 234 casos confirmados (eram 200 no domingo, dia 15) e 2.064 casos suspeitos. E este número cresce diariamente.
E como ninguém quer correr risco ao viajar, algumas dúvidas sobre quais cuidados tomar surgiram, por exemplo: Devo cancelar minha viagem? Como me precaver? E quais países realmente devem ser evitados? Fique atento as informações sobre isso!
Evitar países em monitoramento
Existe uma lista de países em monitoramento, ou seja, com alto número de transmissão local. A recomendação dos governos de cada lugar é, que se for possível, é melhor evitá-los. Atualmente, são 16: Alemanha, Austrália, Camboja, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, França, Irã, Itália, Japão, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietnã.
Como prevenir?
– Lavar muito bem as mãos com sabão – e com frequência
– Evitar contato com pessoas que sofrem de infecções respiratórias
– Usar lenço descartável para higiene nasal
– Cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
– Higienizar as mãos depois de tossir ou espirrar
– Não compartilhar objetos de uso pessoal
– Manter os ambientes bem-ventilados
– Evitar o contato próximo a pessoas que apresentem sinais da doença
– Usar álcool em gel
Como o vírus é transmitido?
Pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Qual é o período de incubação?
Esse é o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas. Pode ser de 1 a 14 dias, mas o mais comum são cinco dias.
Quais os sintomas?
Os mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas têm dores no corpo, congestão nasal, coriza, dor de garganta ou diarreia. Uma em cada seis pessoas desenvolve dificuldade respiratória. Outras não desenvolvem sintoma nenhum, segundo a OMS.
É importante lembrar que pessoas com quadros leves (pouca tosse, febre baixa e nariz escorrendo) devem permanecer em casa. Já a falta de ar progressiva, a tosse intensa, catarro com pus, febre alta com calafrios e pontas dos dedos e lábios arroxeados são sinais de infecção grave. Nesse caso, é preciso ir a um hospital urgente!
Devo procurar um serviço de saúde se viajei para algum dos países mais afetados, mas não tenho sintomas?
Não. Por enquanto, não há recomendação para que casos sem sintomas sejam testados para o novo vírus, então se você não apresenta nenhum sintoma, EVITE ir em hospital! O risco maior é de pegar o coronavírus no próprio hospital.
Sobre o exame
Só pode ser feito com solicitação médica. Realizado por hospitais públicos e privados e confirmado por laboratórios de referência espalhados pelo Brasil. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou, em reunião extraordinária, a inclusão do exame para detecção do novo coronavírus no rol de procedimentos obrigatórios para beneficiários de planos de saúde. A medida foi encaminhada ao Diário Oficial da União e entra em vigor a partir de sua publicação. O teste, segundo a ANS, será coberto pelos planos com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência e será feito quando houver indicação médica, conforme orientam as diretrizes do Ministério da Saúde.
Qual é o tratamento?
Atualmente não existe um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos mais graves como pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica são indicados.
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