Dias frios combinam com vinhos tintos, certo? ERRADO! Quando o assunto é vinho, não se engane pelas “lendas” das regras. Existem vinhos brancos que podem fazer a diferença para fechar os seus dias de quarentena. E quem vai trazer dicas preciosas é o sommelier Jonas Martins, responsável pelo portfólio de vinhos da MMV Importadora, de Curitiba.
O expert conta que “o segredo para um bom vinho branco encorpado está na uva selecionada e no processo de fermentação e envelhecimento desse vinho”. Ou seja: os vinhos brancos não precisam ser abandonados no inverno.
Normalmente, vinhos brancos apresentam uma maior acidez e refrescância, combinando com dias mais quentes, enquanto que vinhos tintos, geralmente mais encorpados e pesados, de coloração mais intensa, associam-se melhor à gastronomia do inverno, que pede pratos mais robustos e reconfortantes.
Contudo, existem muitos vinhos brancos que são ideais para dias mais frios. Sim! Por serem mais encorpados e com maior estrutura, tornam-se pares ideais para um menu de inverno ou mesmo para uma degustação solo.
O sommelier explica: “Para um bom vinho branco mais presente, é necessária uma uva com maior estrutura que suporte o envelhecimento e maturação deste vinho. Assim, a uva Chardonnay acaba sendo a escolha ideal para um vinho branco mais encorpado”.
De acordo com o especialista, o fato da Chardonnay ser uma uva de maior estrutura e de propriedades químicas mais ricas faz com ela tenha maior presença na boca. Isso permite que os sabores do vinho permaneçam no paladar. Uvas mais leves, como a Pinot Grigio, permite um vinho mais refrescante, com sabor tendendo ao cítrico, porém com baixa ou pouco persistência em boca.
Essa maior estrutura também faz da Chardonnay uma uva branca apta ao envelhecimento, aceitando muito bem o processo realizado em barris de carvalho, por exemplo. Isso confere ao vinho um sabor exclusivo, pois ao entrar em contato com o tanino existente na madeira, novos aromas e sabores emergem. O barril também permite que o vinho “respire” durante seu envelhecimento, acrescentando maciez ao paladar.
Quer dicas de bons exemplares de Chardonnay? O sommelier selecionou três rótulos para você degustar:
Viapiana Chardonnay
- O vinho brasileiro produzido em Flores da Cunha – RS, apresenta aromas de nozes, chocolate branco, flor de eucalipto, abacaxi e caldas de frutas. É seco e untuoso ao paladar, deixando uma nota de amanteigado ao final.
Inserrata Intrigo Chardonnay
- Vinho orgânico produzido na Toscana, Itália. Produzido com a técnica sur lie, quando o vinho é amadurecido em contato com as borras das casca das uvas, o Intrigo passa 4 meses por filtragem em peneira grossa. O vinho é extremamente frutado, com notas de manga, abacaxi, framboesa e gengibre, sendo volumoso a boca e de final alongado.
Fortunatus Chardonnay
- A terceira dica é de um rótulo produzido no Chile, pela viña Requingua. Lá é feito o Fortunatus Reserva Especial Chardonnay, vinho que conta com a participação do sommelier Jonas Martins na sua produção.
“Buscamos atender ao paladar do brasileiro para vinhos com o Fortunatus, com muita qualidade, porém com preço acessível e agradável a boca”, revela Jonas Martins.
O Fortunatus Chardonnay tem aroma frutado, toque de baunilha e nozes tostadas, sendo bastante cremoso à boca, macio e de final longo. Ele é envelhecido por 6 meses em barris de carvalho francês.
Você já degustou algum dos rótulos indicados? Se não, prove e conta pra gente o que achou! 🙂
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.