Quem nunca se deparou com objetos de outras gerações da sua família e se perguntou: como posso usar esse objeto na decoração do meu espaço? Nos últimos anos, a decoração de interiores tem se tornado uma prática cada vez mais voltada para a verdadeira expressão da personalidade pessoal de uma maneira menos rígida e mais orgânica.
Ela tem aberto portas para a ressignificação de objetos de outras gerações, com destaque para experiências, acervos de arte, coleções e achados de viagens.
Falo por experiência própria, pois cresci rodeada de objetos incríveis pertencentes aos meus avós: telefones da década de 50, lampiões, máquinas de costura, almofadas de crochê, aparelhos de jantar e conjuntos de chás primorosos. Na minha família sempre aprendi a valorizar a memória daqueles que tiveram parte importante na construção da minha identidade e vejo esses objetos como uma extensão da minha história.
“Todos os que o possuem estilo tem algo em comum: a originalidade”
Diana Vreeland
Muitas vezes, bules de chás viram vasos de flor, crochês são emoldurados e bonecos ou jogos são dispostos de maneiras inusitadas dentro do ambiente. E por quê não dar uma nova cara para aquele conjunto de souvenirs trazidas das suas viagens? E aquelas latinhas de chicletes e balas com design diferenciado? Não existe certo ou errado na hora de expor suas lembranças – aqui o que vale é ser autêntico e despertar o que te torna único.
Você conhece o conceito Wabi Sabi?
Na hora que a afeição bater por um objeto, não se limite: existem várias maneiras de valorizá-lo quando usado numa composição harmoniosa entre outros objetos do seu ambiente. Inspirações não faltam para este tema! Afinal, cada um tem um objeto – ou vários – que te transporta para outras dimensões no tempo e no espaço, trazendo recordações que conferem vida e alegria no aconchego do lar.
Este texto é uma produção da arquiteta MARIANA GUERRA
Acompanhe o trabalho de Mariana no Instagram: @arquitetamarianaguerra
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