Queijos, chocolates, relógios e Alpes. Há quem diga que a Suíça se resume a essas coisas. Mero engano de quem pensa assim. A Suíça é, sem dúvidas, um dos países mais belos que já tivemos a oportunidade de conhecer. Um lugar onde a maioria das coisas funcionam com excelência, onde a história é rica e cheia de detalhes e onde a natureza se revela em todo o seu esplendor.
Tivemos a oportunidade de conhecer este fascinante país no mês de janeiro, no auge do inverno. Já havíamos visitado Lugano (em um bate e volta desde Milão) e Zurique (em uma escala voltando de Malta). Mas, esta foi a primeira vez que dedicamos tempo para explorar o país. E o resultado não poderia ser outro: já queremos voltar!
E se você também tem vontade de planejar uma viagem para a Suíça durante o inverno, temos duas dicas: vá e atente-se ao nosso roteiro. Vale lembrar que na Suíça as estações são super definidas então, em cada época do ano, você será agraciado com uma paisagem diferente e até com cardápios diferenciados (sim, ouvi dizer que no outono a gastronomia é ainda mais saborosa).
Se no inverno você vê muita neve, no verão as pessoas nadam nos lagos, na primavera as flores invadem todas as cidades e no outono as folhas avermelhadas deixam a atmosfera mágica. Então, vamos ao nosso roteiro de 11 dias na Suíça?
Chegamos em Genebra por volta de 12h. Nossa escolha foi aproveitar o embalo e ir direto para Annecy, uma cidade na França que fica cerca de 40km do Aeroporto de Genebra. A cidade tem um castelo medieval, que já foi a casa dos condes de Genebra. Por lá, as construções são todas em tons pastel. O mais gostoso do passeio é que você irá desbravar o centrinho todo a pé: como em várias cidades da Europa, você não pode entrar de carro no centro.
Annecy abriga todas as lojas que a gente curte, inclusive Zara Home e Max Mara. Mas, o legal mesmo é entrar nos brechós repletos de achados (tudo novinho e de grandes marcas). Por lá, vale a pena fazer um almoço lento, sem pressa, em restaurantes típicos e tradicionais, como o “Le Sarto”.
O “Le Sarto” é um restaurante aconchegante, com decoração típica e atmosfera bucólica – tudo ali faz você lembrar que está em uma cidade alpina. O que experimentamos? Dois pratos típicos da região de Savoie, feitos com o queijo Reblochon: Tartiflette Savoyarde e Flammekueche. Destaque para a melhor batata do mundo, que tem o gosto do queijo, do bacon e da cebola. Fabíola teve a oportunidade de passar uma tarde por lá e foi embora com gostinho de quero mais.
Depois de desbravar Annecy, seguimos para Montreux, cidade que foi escolhida como base na Suíça.
No dia seguinte, já em Montreux, acordamos não tão cedo, já que no dia anterior havíamos viajado horas de avião, e seguimos para Zermatt, cidade queridinha dos amantes de esportes de inverno e que abriga o famoso Matterhorn, a montanha que ilustra a embalagem do famoso chocolate Toblerone.
Zermatt fica no cantão de Valais, no sul da Suíça, na parte alemã do país. A cidade é totalmente voltada para o turismo, já que abriga montanhas para a prática de esqui, escalada e trilhas. Ela está a 1.600 m de altitude e é proibido acessar a cidade de carro. Você chega a Zermatt de trem e lá na cidade somente alguns poucos carros elétricos circulam, ou seja, você fará tudo a pé. Bahnhofstrasse é a rua principal de Zermatt e abriga desde lojas luxuosas, como Rolex, até barzinhos pequenos e simpáticos, vendendo sopas saborosas e quentinhas (você vai precisar!).
A Suíça é super pacata aos domingos. Em algumas cidades o comércio não abre e em outras tudo fecha cedo, por volta de 16h. Sendo assim, é importante conferir antes se tem algo de especial rolando onde você deseja ir. Nosso programa de domingo foi passear em Château-d’Oex, uma cidadezinha extremamente bucólica, situada a 1.000 metros de altitude, entre Gstaad e Gruyères. A região é famosa pelos voos de balões de ar quente. Você pode voar qualquer época do ano, mas, anualmente, no mês de janeiro, acontece uma competição internacional de balões.
Nós fomos para ver a competição e apreciar os balões no céu. O clima não estava tão favorável para o os voos. Mas, estava perfeito para um fondue. Próximo ao local da competição, havia um simpático chalé (o único, diga-se de passagem), que servia a iguaria. O prato servido ali era feito com o amado queijo alpino de Etivaz, produzido na região. E o fondue que escolhemos ainda tinha algumas ervas e flores que podem ser encontradas apenas nos alpes. Precisa dizer que estava perfeito?
Finalizamos a noite em Montreux, no badalado Funky Claude’s Bar, que fica dentro do Montreux Palace, e no Queen The Studio Experience, museu em homenagem a banda Queen (mas este é assunto para outro post).
Hoje é dia de conhecer Montreux, a cidade que recebe o 2º maior festival de Jazz do Mundo e que escolhemos como base. O Montreux Jazz Festival acontece há 57 anos, sempre durante o verão, no mês de julho.
Mas, durante o inverno a cidade também merece sua visita, viu? Em dezembro acontece o maior Mercado de Natal da Suíça, que existe há quase 30 anos. Já em janeiro ou fevereiro você pode visitar os museus e restaurante de Montreux. Freddie Mercury escolheu Montreux como seu refúgio, sabia? Daí, já dá para imaginar como a cidade é linda e encantadora!
O que fazer em Montreux? 3 dicas para você aproveitar o melhor da cidade!
Quer continuar lendo o nosso roteiro? Ainda iremos falar sobre Gruyères, Vevey, Lausanne, Bern, Gstaad e Luzern. Clique aqui e veja nossas dicas para você aproveitar o melhor da Suíça durante o inverno!
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